Sejam bem vindos!

"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." (2 Tm 2:15)

terça-feira, 26 de março de 2013

RELIGIÃO OU MAGIA?

            Muita gente entre nós confunde religião e magia. Isto se deve a três fatores: a Bíblia vista como livro de receitas mágicas, o pastor visto como pajé, e o culto entendido como manipulação de forças espirituais. Os dois últimos são a base de cultos animistas e pagãos. Juntou-se-lhes a compreensão errada da Bíblia (primeiro item) e eis uma prática animista com tintura bíblica. Não se estuda a Bíblia para reger a vida por ela, mas para extrair práticas que legitimem a magia bíblica.

            Há muitas diferenças entre magia e religião. Pelo espaço e natureza desta pastoral, cito três: (1) A magia busca manipular forças espirituais para benefício; a religião procura a vontade de Deus e o ajustar-se a ela; (2) A magia busca facilidade para viver; a religião busca maturidade para saber viver; (3) A magia busca resolver problemas pessoais, sem noção do outro; a religião se preocupa também com o próximo e o mundo. Na magia, a questão é: eu diante da força espiritual ou cósmica para resolver meu problema. Na religião, a questão é como ser usado por Deus como agente de transformação.

              O evangelho não é magia. Alguns cultos não refletem sobre Deus, mas sobre como usá-lo. Ou são formatados para as pessoas se sentirem bem. Muitos cânticos seguem esta linha: criar uma sensação de bem estar, de relaxamento espiritual, em vez de proclamar as grandes verdades da Bíblia. A música evangélica não apenas expressa sentimentos, mas também proclama a grandeza de Deus, seu amor, sua salvação. Mas eis visão de magia: o culto é para nos sentirmos bem, não para estarmos diante do Totalmente Outro, do Transcendente, do Santo, e nos submetermos a dele.

              A experiência de Isaías foi fantástica. Entre a fumaça viu Alguém no trono. Ficou aterrado (Is 6.5). Arrebatado em espírito, João teve uma visão do Cristo glorificado. Resultado: “Quando o vi, caí aos seus pés como morto” (Ap 1.17). O verdadeiro culto produz temor, reverência, consagração e serviço. Como Isaías: “E eu respondi: Eis-me aqui. Envia-me!” (Is 6.8). Há muita adoração e louvor hoje! Multiplicam-se cultos e reuniões evangélicas! Mas há escassez de santidade e de serviço. As pessoas vão aos cultos, sentem-se bem, fazem uma catarse, mas não são transformadas! Os líderes evangélicos não têm reputação de santos no Brasil, mas de espertalhões.

              Magia ou religião? Liberação emocional ou adoração? O Deus verdadeiro, manifestado em Jesus, ou a estética do culto? Foi o Ruah (Espírito) de Deus quem falou ou a psiquê (a interioridade) que se manifestou? Magia aliena e produz uma vida vazia e artificial. A verdadeira religião, o evangelho de Jesus, produz segurança, equilíbrio, maturidade, realização. É dizer “achamos o Messias” (Jo 1.41).
Você busca magia ou religião?

 Isaltino Gomes Coelho Filho
Fonte: http://www.isaltino.com.br/2013/03/religiao-ou-magia/

sábado, 23 de março de 2013

10 Razões Para Igrejas Estagnarem

Joe McKeever, neste artigo, propõe 10 razões porque algumas igrejas permanecem estagnadas, quantitativa e qualitativamente.

1.Desejo de permanecerem pequenas
O processo de rejeitar novos membros é bem sutil. Eles são cumprimentados e recebem um boletim, mas o processo pára aí.

2. Pastorados de curtíssima duração
O autor conta de uma pequena igreja no sul de Nova Orleans que, ao descrever sua história, notou que em 50 anos, havia tido 22 pastores. Eles não tiveram pastores, mas pregadores.

3. Domínio por um pequeno grupo de membros
O raciocínio dos “donos” é: “Não gostamos de incomodar os membros com essas questões. É melhor nós mesmos resolvermos.” “Pastor, pensamos que o senhor gostaria de ajuda na igreja”.

4. Falta de confiança nos líderes
Isso acontece, por exemplo, quando na comissão o tempo é gasto discutindo a razão de gastos irrisórios em vez de investimentos em planos evangelísticos.

5. Complexo de inferioridade
O pensamento geralmente é: “Não podemos fazer nada porque somos uma igreja pequena. Não temos dinheiro como as igrejas grandes.”

6. Falta de planos
Uma igreja estagnada típica é pequena também na visão de como pode transformar a comunidade e compartilhar o evangelho.

7. Doença
Muitas vezes a pequenez da igreja está enraizada na sua condição espiritual.

8. Falta de comunhão entre os irmãos
Um dos aspectos envolvidos é o culto:
a. Tudo em ordem, mas é a mesma ordem de sempre.
b. O louvor não tem vida.
c. Não há nada espontâneo.
d. O momento do apelo não tem respostas.
e. As orações são mecânicas.

9. Estado de negligência
Uma igreja que está morrendo mostrará sinais da sua condição na condição dos seus prédios, na negligência da manutenção.

10. Falta de Oração.

Fonte: http://www.churchleaders.com/pastors/pastor-articles/140506-why_small_churches_tend_to.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=Daily-Update e http://mecdias.blogspot.com.br/

quinta-feira, 21 de março de 2013

Pedro, Paulo e Francisco

A renúncia do papa Bento XVI e a eleição do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio para substituí-lo trazem à tona, mais uma vez, a questão da reivindicação da Igreja Católica de que o papa é o legítimo sucessor do apóstolo Pedro como cabeça da Igreja de Jesus Cristo aqui na terra. Francisco se senta no trono de Pedro. Então, tá.

Obviamente, a primeira questão a ser determinada é se o apóstolo Pedro, de alguma forma, teve algum trono, se ele foi uma espécie de papa da nascente igreja cristã no século I e se ele deixou sucessor, que por sua vez, nomeou seu próprio sucessor e assim por diante, até chegar, de Pedro, a Francisco. Eu digo “primeira questão” não somente por causa da sequência lógica da discussão, mas por causa da sua importância. Tanto católicos quanto protestantes tomam as Escrituras Sagradas como a Palavra de Deus. Portanto, é imprescindível que um conceito de tamanha importância como este tenha um mínimo de fundamento bíblico. Mas, será que tem?

É verdade que Cefas, também chamado de Simão Pedro, foi destacado pelo Senhor Jesus em várias ocasiões de entre os demais discípulos. Ele esteve entre os primeiros a serem chamados (Mt 4:18) e seu nome sempre aparece primeiro em todas as listas dos Doze (Mt 10:2; Mc 3:16). Jesus o inclui entre os seus discípulos mais chegados (Mt 17:1), embora o “discípulo amado” fosse João (Jo 19:26). Pedro sempre está à frente dos colegas em várias ocasiões: é o primeiro a tentar andar sobre as águas indo ao encontro de Jesus (Mt 14:28), é o primeiro a responder à pergunta de Jesus “quem vocês acham que eu sou” (Mt 16:16), mas também foi o primeiro a repreender Jesus afoitamente após o anúncio da cruz (Mt 16:22) e o primeiro a negá-lo (Mt 26:69-75). Foi a Pedro que Jesus disse, “apascenta minhas ovelhas” (Jo 21:17). Foi a ele que o Senhor disse, “quando te converteres, fortalece teus irmãos” (Lc 22:32). E foi a ele que Jesus dirigiu as famosas palavras, “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus” (Mt 16:18-19).

Apesar de tudo isto, não se percebe da parte do próprio Pedro, dos seus colegas apóstolos e das igrejas da época de Pedro, que ele havia sido nomeado por Jesus como o cabeça da Igreja aqui neste mundo, para exercer a primazia sobre seus colegas e sobre os cristãos, e para ser o canal pelo qual Deus falaria, de maneira infalível, ao seu povo. Ele foi visto e acolhido como um líder da Igreja cristã juntamente com os demais apóstolos, mas jamais como o supremo cabeça da Igreja, sobressaindo-se dos demais.

Para começar, o apóstolo Paulo se sentiu perfeitamente à vontade para confrontá-lo e repreendê-lo publicamente quando Pedro foi dissimulado em certa ocasião para com os crentes gentios em Antioquia (Gl 2:11-14). O apóstolo Tiago, por sua vez, foi o líder maior do Concílio de Jerusalém que definiu a importante questão da participação dos gentios na Igreja, concílio este onde Pedro estava presente (Atos 15:1-21). E quando uma decisão foi tomada, ela foi enviada em nome dos “apóstolos e presbíteros” e não de Pedro (Atos 15:22). Os judeus convertidos, líderes da Igreja de Jerusalém, e que achavam que a circuncisão era necessária para os gentios que cressem em Jesus, não hesitaram em questionar Pedro e confrontá-lo abertamente quando ele chegou a Jerusalém, após ouvirem que ele tinha estado na casa de Cornélio, um gentio. E Pedro, humildemente, se explicou diante deles (Atos 11:1-3). Os crentes da igreja de Corinto não entenderam que Pedro estava numa categoria à parte, pois se sentiram a vontade para formarem grupos em torno dos nomes de Paulo, Apolo e do próprio Pedro, não reconhecendo Pedro como estando acima dos outros (1Cor 1:12).

O apóstolo Mateus, autor do Evangelho que carrega seu nome, não entendeu que a promessa de Jesus feita a Pedro, de que este receberia as chaves do Reino dos céus e o poder de ligar e desligar (Mt 16:18-19), era uma delegação exclusiva ao apóstolo, pois no capítulo seguinte registra as seguintes palavras de Jesus, desta feita a toda igreja:
Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus (Mat 18:15-18 - itálico adicionado para ênfase). 
É muito instrutivo notar a maneira como o apóstolo Paulo via Pedro, a quem sempre se refere como Cefas, seu nome hebraico. Paulo o inclui juntamente com Apolo e a si próprio como meros instrumentos através dos quais Deus faz a sua obra na Igreja (1Cor 3:22). Se Paulo tivesse entendido que Pedro era o líder máximo da Igreja, não o teria citado por último ao dar exemplos de líderes cristãos que ganhavam sustento e levavam as esposas em missão (1Cor 9:4-5). Ele reconhece que Cefas é o líder da igreja de Jerusalém, mas o inclui entre os demais apóstolos (Gl 1:18-19) e ao mencionar os que eram colunas da igreja deixa Cefas em segundo, depois de Tiago (Gl 2:9). E em seguida narra abertamente o episódio em que o confrontou por ter se tornado repreensível (Gl 2:11 em diante). Bastante revelador é o que Paulo escreve quanto ao seu próprio chamado: “aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão também operou eficazmente em mim para com os gentios” (Gal 2:6-8). Por estas palavras, Paulo se considerava tão papa quanto Pedro!

Nem mesmo Pedro se via como um primus inter pares, alguém acima dos demais apóstolos. Quando entrou na casa de Cornélio para pregar o Evangelho, o centurião romano se ajoelhou diante dele em devoção. Pedro o ergue com estas palavras, “Ergue-te, que eu também sou homem” (Atos 10:26). Pedro reconhece humildemente que os escritos de Paulo são Escritura inspirada por Deus, esvaziando assim qualquer pretensão de que ele seria o único canal inspirado e infalível pelo qual Deus falava ao seu povo (2Pedro 3:15-16). E claramente explica que a pedra sobre a qual Jesus Cristo haveria de edificar a sua igreja era o próprio Cristo (1Pedro 2:4-8), dando assim a interpretação final e definitiva da famosa expressão “tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”. A “pedra” referida pelo Senhor era o próprio Cristo.

Em resumo, ninguém no século I, ninguém mesmo, nem o próprio Pedro, entendeu que Jesus tinha dito a ele que ele era a pedra sobre a qual a Igreja cristã seria edificada. E nunca esta Igreja tomou medidas para achar um substituto para Pedro após a sua morte.

E isto introduz a segunda questão, que é a sucessão de Pedro. Creio que basta reproduzir aqui as palavras do próprio Pedro com relação à preservação do seu legado após a sua morte. Na sua segunda epístola ele faz menção de que tem consciência da proximidade de sua morte e que se esforçará para que os cristãos conservem a lembrança do Evangelho que ele e os demais apóstolos pregaram. E de que forma? Não apontando um sucessor para conservar este Evangelho como um guardião, mas registrando este Evangelho nas páginas sagradas da Escritura – é por isto que ele escreveu esta epístola. Confira por você mesmo:
Por esta razão, sempre estarei pronto para trazer-vos lembrados acerca destas coisas, embora estejais certos da verdade já presente convosco e nela confirmados. Também considero justo, enquanto estou neste tabernáculo, despertar-vos com essas lembranças, certo de que estou prestes a deixar o meu tabernáculo, como efetivamente nosso Senhor Jesus Cristo me revelou.
Mas, de minha parte, esforçar-me-ei, diligentemente, por fazer que, a todo tempo, mesmo depois da minha partida, conserveis lembrança de tudo.
Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade, pois ele recebeu, da parte de Deus Pai, honra e glória, quando pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
Ora, esta voz, vinda do céu, nós a ouvimos quando estávamos com ele no monte santo. Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração, sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo (2Pedro 1:12-21 - itálico adicionado para ênfase).
Qual foi o esforço que Pedro fez para que, depois de sua partida deste mundo, os cristãos conservassem a lembrança do Evangelho, conforme sua declaração acima? Pedro deixa seu legado nas cartas que escreveu, e que ele considera suficientes para manter os cristãos relembrados de tudo que ele e os demais apóstolos ensinaram. Não há a menor noção de um substituto pessoal, alguém que tomasse seu lugar e transmitisse a outros sucessores o tesouro da fé cristã. Não foi à toa que a nota central da Reforma foi a rejeição do papado e o estabelecimento das Escrituras com sendo a única e infalível fonte de revelação divina.

Não questiono que Francisco seja o legítimo sucessor de Bento, como líder da Igreja Católica. O que não vejo é qualquer fundamento bíblico para aceitar que Pedro tenha sido papa e que Francisco é seu legítimo sucessor.

quarta-feira, 20 de março de 2013

O Contentamento na Vida

Matthew Henry, o famoso estudioso e cometarista bíblico, certa vez foi abordado por ladrões e teve sua bolsa roubada. Nessa ocasião, ele escreveu as seguintes palavras em seu diário: “Deixe-me agradecer, primeiro porque eu nunca fui assaltado antes; em segundo lugar, porque, embora tenham tirado de mim a minha bolsa, eles não tiraram a minha vida; em terceiro, porque, mesmo que tenham levado tudo que eu tinha, não era muito; e em quarto, porque fui eu quem foi roubado, não eu quem roubou”.
Essa disposição do comentarista nos leva à reflexão sobre o que significa ser contente. O certo é que mundo tem condicionado os homens a julgar sua condição de acordo com a manutenção das suas vontades e com o acúmulo dos seus bens. Para o sistema mundano, de agora e de sempre, se alguém tem o que quer e pode comprar tudo que deseja — principalmente se as outras pessoas não puderem —, então, trata-se de uma pessoa feliz e favorecida. Mesmo no meio das igrejas — as falsas e até algumas verdadeiras —, a prosperidade é considerada uma evidência da bênção de Deus e sem a qual a vida não tem sentido. 

Apesar disso, Paulo mostra que o “lucro” segundo o mundo não é como aquilo que Deus considera lucro de verdade: “De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento” (1Tm 6.6). Duas qualidades são encarecidas pelo apóstolo. Em primeiro lugar, a “piedade”, ou seja, a pureza de vida, o desenvolvimento da santidade e a prática da devoção e dedicação de vida ao Senhor. Em segundo lugar, o “contentamento”. Enquanto a primeira qualidade tem sentido em si mesma, a segunda necessita certa explicação e contextualização — o que Paulo realmente faz nos versículos seguintes. Ao fazê-lo, mostra que o crente deve viver satisfeito com a condição em que Deus o colocou, mesmo quando isso significa uma situação financeira diferente da que ele deseja. Não se trata de o crente fazer um “voto de pobreza”, mas de estar contente em qualquer circunstância, levando em conta o quadro completo que perfaz a condição dos salvos por Jesus. Significa não atrelar sua felicidade ao dinheiro e aos bens que se possuem. Para tanto, Paulo apresenta três razões.

A primeira razão é a transitoriedade dos bens: “Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele” (1Tm 6.7). A felicidade do crente não pode vir do dinheiro porque ele não o acompanhará na eternidade. Na verdade, nossa condição eterna em nada depende dos bens, mas da obra e do amor de Cristo concedido “gratuitamente”: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8). Chega a ser irônico, no mundo ganancioso em que vivemos, que o maior “bem” de todos e o único que irá durar para sempre seja gratuito. Por isso, grande loucura é buscar riquezas no mundo e ser pobre diante de Deus (Sl 49.17; Lc 12.20,21; Lc 16.22,23). Se isso contém uma lição para os incrédulos, muito mais para os crentes, os quais não devem se considerar “felizes” e “abençoados” pelo que possuem, mas pela salvação e vida eterna que receberam pela fé. 

A segunda razão é o suprimento das necessidades básicas: “Tendo sustento e com que nos vestir estejamos contentes” (1Tm 6.8). Infelizmente, quem vive se queixando de não ter o que deseja, esquece-se que Deus tem fielmente concedido aquilo de que ele necessita. Uma observação ingratamente seletiva faz muitos crentes notarem o que não têm e ignorarem o que têm. Mas basta atentar para o que acontece a pessoas que carecem do suprimento básico para se dar valor ao cuidado diário que Deus tem para com seus filhos: “Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?” (Mt 6.26).

A última razão é o risco de desvio da fé: “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1Tm 6.9,10). Infelizmente, os homens amam tanto o dinheiro que muitas vezes abandonam o bem e a justiça para obterem lucro. O mais triste é que, nessa busca, até crentes transformados por Jesus voltam a agir como homens perdidos que eram. Abandonam o que têm valor eterno e se lançam à busca do que é passageiro. Falsas justificativas para isso não faltam, mas Deus não aceita nenhuma delas e vê manchada a comunhão entre ele e seus servos: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mt 6.24).

Portanto, como homens renovados, devemos nos portar com dignidade e saber viver de maneira grata pela salvação eterna e contente com aquilo que Deus nos dá nessa vida, seja muito ou pouco: “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez” (Fp 4.11,12). Que a nossa vida tenha valor por causa daquele que é precioso e que jamais nos abandona, o qual nos deu o que não se pode perder: “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hb 13.5).
Pr. Thomas Tronco
Fonte:  http://www.igrejaredencao.org.br/ibr/index.php?option=com_content&view=article&id=949:o-contentamento-na-vida&catid=17:pastoral&Itemid=114

terça-feira, 12 de março de 2013

Professora americana, esquerdista e lésbica, se torna crente em Jesus Cristo

Estou falando de Rosaria Champagne Butterfield, lésbica, professora em uma renomada universidade americana, ideologicamente esquerdista e que vivia com sua amante há muitos anos. A revista Christianity Today acaba de publicar o testemunho dela com o título: “Minha conversão: um desastre de trem.”

Rosaria e sua amante tinham duas casas que usavam para dar hospitalidade a estudantes e ativistas preocupados em mudar o mundo para melhor. Eram profundamente empenhadas em causas sociais. Rosamaria desprezava os cristãos, especialmente os alunos que tentavam inserir versículos bíblicos numa conversa ou nos trabalhos que apresentavam. Para ela, o cristianismo estava totalmente errado e chegava mesmo a ser prejudicial às pessoas.

Mas, um dia, recebeu um comentário de um pastor presbiteriano sobre um artigo onde ela atacou os cristãos, particularmente o grupo Promise Keepers (grupo de homens cristãos devotados ao resgate da masculinidade cristã). No comentário, o pastor Ken Smith gentilmente questionou os pressupostos dela e de que maneira ela sabia que estava certa em suas acusações. Foi ali que começou o processo de vários anos que terminou com sua conversão, quando ela tinha perto de 40 anos de idade. Hoje, casada com um pastor evangélico e mãe de vários filhos, Rosaria dá testemunho de como Deus teve de demolir e destruir todos os seus pressupostos, ídolos e amores até trazê-la aos pés da cruz de Jesus Cristo.

A sua história completa está no livro The Secret Thoughts of an Unlikely Convert ("Os pensamentos secretos de uma convertida improvável").

Pr. Augustus Nicodemus Lopes
 Fonte:  http://tempora-mores.blogspot.com.br/
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