Assim como fiz no texto anterior, ao afirmar que acredito que muitos pastores neopentecostais não agem de má fé
em defender seus pressupostos teológicos, julgo importante também
afirmar que acredito que boa
parte dos líderes de música das igrejas neopentecostais amam a Cristo e
desejam de servi-lo
com integridade, honestidade e compromisso. Entretanto, em virtude do
desconhecimento das Escrituras, além é claro de não terem sido
qualificados biblicamente por seus pastores para o ministério de louvor
em suas igrejas, cometem erros crassos, os quais tem contribuído com o
adoecimento de parte da igreja, como também com uma visão equivocada
do Cristianismo.
Ressalto também que o propósito deste texto não é criticar ritmos, estilo e forma de louvor, mesmo porque, creio num louvor multicultural, diferenciado por aspectos culturais distintos, cujo objetivo final seja a glória de Deus.
Ressalto também que o propósito deste texto não é criticar ritmos, estilo e forma de louvor, mesmo porque, creio num louvor multicultural, diferenciado por aspectos culturais distintos, cujo objetivo final seja a glória de Deus.
Isto posto, afirmo que proposta desta reflexão é avaliar à luz das Escrituras os sete erros
mais comuns cometidos pelos irmãos neopentecostais na condução do
período de louvor com música nas mais variadas igrejas no Brasil.
1-) A valorização da música em detrimento a pregação da Palavra
Boa parte dos denominados cultos
evangélicos dedicam muito mais tempo a música do que qualquer outra
coisa. Outro dia fiz uma pesquisa no BLOG tentando descobrir
a opinião dos leitores quanto aquilo que seja mais importante num
culto. Na ocasião eu ofereci duas opções clássicas, isto é, o louvor e a
Palavra. Para minha surpresa mais de 60% dos leitores responderam
dizendo que o louvor era mais importante.
Caro leitor, ao contrário dos adeptos do movimento gospel brasileiro, o reformador francês João Calvino via a pregação do evangelho como o
centro da vida e obra da igreja. Ele cria que a pregação era central na
igreja porque ela era o modo de Deus salvar o Seu povo, até o ponto dele
se considerar também um ouvinte: "Quando eu subo ao púlpito não é para
ensinar os outros somente. Eu não me retiro aparte, visto que eu devo
ser um estudante, e a Palavra que procede da minha boca deve servir para
mim assim como para você, ou ela será o pior para mim. ", dizia ele.
Para Calvino a pregação da Palavra era um meio de graça para o povo de Deus - “Quando nos reunimos em nome de Deus”, ele dizia, “não é para ouvir meros cânticos" (diferentemente da nossa geração que valoriza extravagantemente o momento de louvor). Para Calvino, os que desenvolviam tais práticas se alimentavam exclusivamente de vento. Além disso, Calvino cria que a pregação deveria ser “sem exibição”, para que o povo de Deus pudesse reconhecer nela a Palavra de Deus e para que o próprio Deus, e não o pregador pudesse ser honrado e obedecido.
Para Calvino a pregação da Palavra era um meio de graça para o povo de Deus - “Quando nos reunimos em nome de Deus”, ele dizia, “não é para ouvir meros cânticos" (diferentemente da nossa geração que valoriza extravagantemente o momento de louvor). Para Calvino, os que desenvolviam tais práticas se alimentavam exclusivamente de vento. Além disso, Calvino cria que a pregação deveria ser “sem exibição”, para que o povo de Deus pudesse reconhecer nela a Palavra de Deus e para que o próprio Deus, e não o pregador pudesse ser honrado e obedecido.
2-) Antropocentrismo cúltico
Infelizmente os louvores cantados em nossas reuniões são
extremamente antropocêntricos, o que nitidamente se percebe em nossos
encontros congregacionais. Se fizermos uma análise de nossas liturgias
chegaremos a conclusão que boa parte das canções que entoamos são feitas
na primeira pessoa do singular, cujas letras prioritariamente
reivindicam as bênçãos de Deus.
Pois é, numa liturgia preponderantemente hedonista, os evangélicos tem feito da música um instrumento de sensibilização a Deus onde objetivo final são as bênçãos do Senhor.
Caro leitor, sem sombra de dúvidas vivemos dias complicadíssimos onde o Todo-poderoso foi transformado em gênio da lâmpada mágica, cuja missão prioritária é promover satisfação aos crentes. Diante disto, precisamos orar ao Senhor pedindo a Ele que nos livre definitivamente desse louvor, filho bastardo da indústria mercantilista gospel, o qual nos tem nos empurrado goela abaixo, conceitos e valores anticristãos cujo objetivo final não é a glória de Deus, mas satisfação dos homens. Da mesma maneira, necessitamos clamar ao Pai pedindo-o que nos liberte do louvor engessado, feito de cabeças baixas e bocas carrancudas, de letras difíceis, de músicas duras, sejam elas importadas ou brasileiras.
3) Entretenimento litúrgico
A Igreja não foi chamada por Cristo
para promover entretenimento. Charles Spurgeon, um dos maiores
pregadores de todos os tempos, afirmou há quase 150 anos, que o
adversário das nossas almas tem agido como o fermento, levedando toda a
massa. Segundo o príncipe dos pregadores o diabo criou algo mais
perspicaz do que sugerir à Igreja que parte de sua missão é prover
entretenimento para as pessoas, com vistas a ganhá-las. Spurgeon afirmou
que a igreja de Cristo não tinha por obrigação promover entretenimento
àqueles que a igreja visitava. Antes pelo contrário, o Evangelho com
todas as suas implicações precisava ser pregado de forma simples e
objetiva. Todavia, em nossos dias, boa parte dos nossos jovens se reúnem com o propósito exclusivo de
se divertir. Para tanto, usam do nome de Deus, fazendo do Criador um
tipo de animador onde o que importa no final é a satisfação pessoal.
Diante disto, não tenho a menor dúvida que os que agem desta maneira
desobedecem escancaradamente ao sétimo mandamento, que é tomar o nome do
Senhor nosso Deus em vão. Isto afirmo pelo fato de que as estruturas
criadas para alegria de nossos jovens não visam a glória de Deus e sim a
satisfação humana. Na verdade os eventos gospel usam o nome de Deus de
forma interesseira e egoísta, fazendo dele o protagonista de nossas
diversões pessoais.
4- A "pregação" em meio ao louvor
Boa parte dos louvores neopentecostais são intercalados com curtas
palavras e pregações que muitas vezes visam defender a teologia da
prosperidade e a confissão positiva. Nessa perspectiva é comum aos
condutores de período de louvor incentivarem aos irmãos a desenvolverem
uma espiritualidade focada na satisfação pessoal. Ora, ao contrário do
que temos visto e aprendido, o período de louvor com música não foi
criado para a nossa alegria e plenitude. Muito pelo contrário, a
adoração na "comnnunion Sanctos" visa exclusivamente a glória de Deus.
5- Músicas com letras desprovida de boa teologia e fundamentos bíblicos
Essa talvez seja uma da principais características dos louvores
neopentecostais. Veja bem, vale a pena ressaltar que boa parte dos
cantores neopentecostais não compõem canções equivocadas teologicamente
por aqui assim desejam. Não. Não o fazem. Na verdade as composições
distorcidas de boa teologia se deve ao fato dos músicos não receberem da
parte de seus pastores ensinos centrados nas Escrituras.
6- Músicas cujas letras estão desprovidas de doutrinas fundamentais a fé cristã
Uma dos erros mais comuns do louvor neopentecostal é não cantar a sã
doutrina. Nessa perspectiva é comum não encontrarmos em nossas letras,
ênfases a doutrinas como salvação pela graça mediante a fé em Cristo
Jesus, perdão de pecados, arrependimento, volta de Cristo e vida eterna.
7- Ausência de foco na glória de Deus.
Uma das características do louvor pentecostal é o bem estar do homem e
não a glória de Deus. Nessa perspectiva as canções cantadas, os louvores
entoados ou até as ministrações variadas são eminentemente focadas no
brilhantismo humano esquecendo portanto que tudo aquilo que fazemos deve
ser feito para a glória de Deus.
Volta as Escrituras:
Penso que os excelentes músicos neopentecostais se regressarem as Escrituras e permitirem com que a Palavra de Deus norteie suas vidas e ministérios a Igreja evangélica brasileira será ricamente abençoada. Acredito que mais do que nunca necessitamos regressar as Escrituras, cantar as Escrituras, bem como viver as Escrituras.
O reformador João Calvino costumava dizer que o verdadeiro conhecimento de Deus está na Bíblia, e de que ela é o escudo que nos protege do erro. Em tempos difíceis como o nosso, precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento.
Volta as Escrituras:
Penso que os excelentes músicos neopentecostais se regressarem as Escrituras e permitirem com que a Palavra de Deus norteie suas vidas e ministérios a Igreja evangélica brasileira será ricamente abençoada. Acredito que mais do que nunca necessitamos regressar as Escrituras, cantar as Escrituras, bem como viver as Escrituras.
O reformador João Calvino costumava dizer que o verdadeiro conhecimento de Deus está na Bíblia, e de que ela é o escudo que nos protege do erro. Em tempos difíceis como o nosso, precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento.
Soli Deo Gloria,
Renato Vargens
Fonte: http://renatovargens.blogspot.com.br/2013/10/os-07-principais-erros-do-louvor.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+renato_vargens+%28Renato+Vargens%29
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