Uma vez senti-me enjoado com um pão comprado em supermercado. Depois
que olhei o saquinho, vi o prazo de validade vencido. Desde então
examino o prazo de tudo que compro. Falaram-me de um mercado que
substitui as etiquetas do produto, quando o prazo vence. Assim, passei a
examinar o produto. Um dia desses ia comprar castanha do Pará e vi que o
prazo não vencera. Mas o produto apresentava sinais de deterioração.
Não basta ver o prazo. É preciso ver o produto.
Vez
por outra fazemos uma faxina nos produtos e medicamentos lá em casa,
observando o prazo de validade. Levamos isto a sério. Se o prazo venceu,
jogamos fora. Não importa o preço do produto. Principalmente remédios.
Uma vez foi um pacote de chá quebra-pedra. Eu o comprara há dois anos. O
prazo vencera. Foi para o lixo. Perdera a validade, perdera o efeito.
Há gente com prazo de espiritualidade vencido. Há muito tempo que não
lê a Bíblia, assim a leitura de meses atrás perdeu o valor. Não pode
alimentá-lo. A Bíblia deve ser lida todos os dias. Leitura de quatro,
cinco dias ou um mês atrás, perdeu muito do efeito. Há gente com oração
vencida. Não ora há muito tempo. Até nas orações públicas, a mente
vagueia e assim perde a comunhão com o Senhor. Oração e leitura da
Bíblia vencidas produzem a enfermidade chamada raquitismo espiritual.
O
amor do Senhor nunca é vencido: “O amor do Senhor Deus não se acaba, e a
sua bondade não tem fim. Esse amor e essa bondade são novos todas as
manhãs” (Lm 3.22-23). O amor divino não tem prazo de validade. Por que
nossas manifestações de amor e de gratidão teriam prazo? Devem ser
renovadas todas as manhãs!
Há gente com prazo de dedicação a Deus vencido: “Fiz isso, fiz aquilo,
trabalhei muito”. E o que faz hoje? Há dizimistas com prazo vencido.
Contribuíram uma vez, não sei quando, e se esqueceram de que o cuidado
divino se renova a cada manhã e que Deus não tem prazo de validade para
conosco. Suas bênçãos não cessam. A resposta de muitos de nós é que tem
prazo vencido.
Há gente cujo prazo de validade de frequência aos cultos venceu. Numa
igreja em que fui pastor, uma senhora, no meu quarto mês de pastorado,
veio ao culto, sentou-se junto a outra e perguntou: “Quem é esse
homem?”. Informada de que eu era o pastor da igreja, perguntou: “A
igreja já tem pastor?”. Eu fora convidado oito meses atrás. E presumo
que o processo de convite tomara algum tempo. Prazo de validade de
frequência aos cultos deixa desinformado. Espiritualmente frio.
Desligado da vida cristã. “Não abandonemos, com alguns estão fazendo, o
costume de assistir às nossas reuniões” (Hb 10.25).
Você está dentro do prazo, funcionando? Cuidado, não se descuide! Com
prazo de validade espiritual vencido, você pode adoecer espiritualmente.
Isso não é bom. O Inimigo se aproveitará disso.
Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 16.6.13
Fonte: http://www.isaltino.com.br/2013/06/prazo-de-validade-vencido/#more-3007
A facilidade com que nos esvaziamos do fervor espiritual é muito grande. A sedução do mundo tem feito forte pressão nos cristãos brasileiros e muitos tem deixado se levar por aquilo que é terreno e temporal, amando o presente século, levando uma vida espiritual superficial e medíocre. Na verdade nem Satanás aceita essa dedicação. Busquemos o fervor com fervor, deixemos de lado a superficialidade, o ritual, o fazer mecânico, e procuremos a essência da vida em Cristo. Que possamos não só dizer que Cristo vive em mim mas viver esta realidade. Olhemos nosso prazo de validade!
Paulo Nassif
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